quarta-feira, 16 de junho de 2010

CF1 - Teoria de Maslow (PR Patrícia)


Teoria de Maslow

2.Tipo de atividade realizada
Leitura de artigos e textos.

3.Principais temas e aspectos relevantes abordados no estudo preparatório:



a. O tema central do estudo é a Teria de Maslow.
Os pontos chave da proposta apresentada nos artigos e textos é que:
Graham Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo relacionado às necessidades humanas.
Maslow procurou compreender e explicar o que energiza, dirige e sustenta o comportamento humano. Para ele, o comportamento é motivado por necessidades a que ele deu o nome de necessidades fundamentais. Tais necessidades são baseadas em dois agrupamentos: deficiência e crescimento. As necessidades de deficiência são as fisiológicas, as de segurança, de afeto e as de estima, enquanto que as necessidades de crescimento são aquelas relacionadas ao auto-desenvolvimento e auto-realização dos seres humanos (HUITT,1998).

As necessidades fisiológicas que se encontram como base para a pirâmide, segundo Maslow, representam as necessidades relacionadas ao organismo como alimentação, sono, abrigo, água, excreção e outros.

As necessidades de segurança aparecem após o suprimento das necessidades fisiológicas. São representadas por necessidades de segurança e estabilidade, como proteção contra a violência, proteção para saúde, recursos financeiros e outros.

As necessidades sociais somente aparecerão após as necessidades de segurança serem supridas. São necessidades sociais: amizades, socialização, aceitação em novos grupos, intimidade sexual e outros.


As necessidades de status e estima ocorrem depois que as necessidades sociais são supridas, são necessidades de estatus e estima a autoconfiança, reconhecimento, conquista, respeito dos outros, confiança.

As necessidades de auto-realização que se encontram no topo da pirâmide hierárquica é a moralidade, criatividade, espontaneidade, autodesenvolvimento, prestígio.

O ser humano busca sempre melhorias para sua vida. Dessa forma, quando uma necessidade é suprida aparece outra em seu lugar, tais necessidades são representadas na pirâmide hierárquica. Quando as necessidades humanas não são supridas sobrevém sentimentos de frustração, agressividade, nervosismo, insônia, desinteresse, passividade, baixa auto-estima, pessimismo, resistência a novidades, insegurança e outros. Tais sentimentos negativos podem ser recompensados por outros tipos de realizações.
Diferentemente das necessidades anteriores, a necessidade de auto-realização não se extingue pela plena saciação. Quanto maior for a satisfação experimentada por uma pessoa, tanto maior e mais importante parecerá a necessidade (Hampton,1992).

A dinâmica principal que anima esta organização é a emergência, na pessoa saudável, de necessidades menos poderosas a partir da gratificação de necessidades mais poderosas. As necessidades fisiológicas, quando não satisfeitas, dominam o organismo, pressionando todas as capacidades para o seu serviço e organizando estas capacidades para que possam ser o mais eficientes neste serviço. A relativa gratificação submerge-as e permite que o nível seguinte mais elevado na hierarquia surja, domine e organize a personalidade, de forma a que o ser deixe de estar obsessivamente ligado à comida, para se tornar obsessivamente preocupado com a segurança. O princípio é o mesmo para os outros conjuntos de necessidades na hierarquia, isto é, amor, estima, e auto-atualização.” (Maslow, 1979, p. 59)

Maslow identifica o nível mais alto da hierarquia, com a maturidade. A maturação do indivíduo apresenta as seguintes características:
Maior eficiência na percepção da realidade e relações mais confortáveis com o mesmo.
Aceitação (eu, outros, natureza).
Espontaneidade, simplicidade, naturalidade.
Focalização em problemas.
A necessidade de privacidade.
Independência da cultura e do ambiente.
Novidade contínua nas apreciações.
Experiência mística.
Sentimento social.
Relações interpessoais.
Caráter de estrutura democrática. Distinção entre meios e fins, entre bem e mal.
Senso de humor não hostil. Criatividade.

Além da auto-realização, posteriormente, Maslow acrescentou à sua teoria, o desejo de todo ser humano de saber e conhecer e de ajudar os outros a realizar seu potencial.

Há assim, uma necessidade natural do ser humano de buscar o sentido das coisas de forma a organizar o mundo em que vive. São necessidades denominadas cognitivas e inclui os desejos de saber e de compreender, sistematizar, organizar, analisar e procurar relações e sentidos (Maslow, 1975:354). Tal necessidade viria antes da auto-realização, enquanto que a necessidade de ajudar os outros a se auto-desenvolver e a realizar seu potencial – a que ele deu o nome de transcendente – viria posteriormente à auto-realização. (Huitt, 1998)
Maslow, entretanto, conclui que sua teoria motivacional não é a única a explicar o comportamento humano, pois nem todo comportamento é determinado pelas necessidades. Afirma ainda que as necessidades fundamentais são em grande parte inconscientes. Para ele fatores sócio-culturais influenciam na forma ou objetos com que os homens buscam satisfazer suas necessidades, mas não modificam substancialmente a hierarquia motivacional proposta.







1.Objetivo do estudo: Aprendizagem de adultos

2.Tipo de atividade realizada: Leitura de artigos e textos.

3.Principais temas e aspectos relevantes abordados no estudo preparatório:

a. O tema central do estudo é Aprendizagem de adultos - Andragogia
Os pontos chave da proposta apresentada nos artigos e textos é que:

Podemos colocar o coceito de adulto da seguinte forma:

Adulto é aquele indivíduo que ocupa o status definido pela sociedade, por ser maduro o suficiente para a continuidade da espécie e auto-administração cognitiva, sendo capaz de responder pelos seus atos diante dela.
Uma vez estabelecido o que entendemos por ser adulto, podemos, a seguir, refletir nos princípios que devem nortear o relacionamento com a pessoa madura.

O letramento é o que as pessoas fazem com suas habilidades para leitura e escrita, no contexto social em que atuam, e como essas habilidades se relacionam com as necessidades, valores e práticas sociais. Podemos considerar que o letramento é uma forma de adaptação ao meio. (segundo Maslow, necessidade social)

Adultos são motivados a aprender à medida em suas necessidades e interesses serão satisfeitos. Por isto estes são os pontos mais apropriados para se iniciar a organização das atividades de aprendizagem do adulto (LINDEMAN in PINTO, 2008, p. 23).

Scribner (1984) reforça a importância do letramento funcional ou de sobrevivência, ao escrever:

A necessidade de habilidades de letramento em nossa vida diária é obvia; no emprego, passeando pela cidade, fazendo compras, todos encontramos situações que requerem o uso da leitura ou a produção de símbolos escritos. Não é necessário apresentar justificativas para insistir que as escolas são obrigadas a desenvolver nas crianças as habilidades de letramento que as tornarão aptas a responder a estas demandas sociais cotidianas. E os programas de educação básica têm também a obrigação de desenvolver nos adultos as habilidades que devem ter para manter seus empregos ou obter outros melhores, receber treinamentos e os benefícios a que têm direito, e assumir suas responsabilidades cívicas e políticas”.

Eduard C. Lindeman (USA) foi um dos maiores contribuidores para pesquisa da educação de adultos através do seu trabalho "The Meaning of Adult Education" publicado em 1926. Suas idéias eram fortemente influenciadas pela filosofia educacional de John Dewey:

"... a educação de adulto será através de situações e não de disciplinas. Nosso sistema acadêmico cresce em ordem inversa: disciplinas e professores constituem o centro educacional. Na educação convencional é exigido do estudante ajustar-se ao currículo estabelecido; na educação de adulto o currículo é construído em função da necessidade do estudante. Todo adulto se vê envolvido com situações específicas de trabalho, de lazer, de família, da comunidade, etc. - situações essas que exigem ajustamentos. O adulto começa nesse ponto. As matérias (disciplinas) só devem ser introduzidas quando necessárias. Textos e professores têm um papel secundário nesse tipo de educação; eles devem dar a máxima importância ao aprendiz." (Lindman, 1926, pp. 8-9).

"... a fonte de maior valor na educação de adulto é a experiência do aprendiz. Se educação é vida, vida é educação. Aprendizagem consiste na substituição da experiência e conhecimento da pessoa. A psicologia nos ensina que, ainda que aprendemos o que fazemos, a genuína educação manterá o fazer e o pensar juntos.... A experiência é o livro vivo do aprendiz adulto." (Ibid., pp. 9-10)

Lindeman identificou, pelo menos, cinco pressupostos-chave para a educação de adultos e que mais tarde transformaram-se em suporte de pesquisas. Hoje eles fazem parte dos fundamentos da moderna teoria de aprendizagem de adulto:

1. Adultos são motivados a aprender à medida em que experimentam que suas necessidades e interesses serão satisfeitos. Por isto estes são os pontos mais apropriados para se iniciar a organização das atividades de aprendizagem do adulto.

2. A orientação de aprendizagem do adulto está centrada na vida; por isto as unidades apropriadas para se organizar seu programa de aprendizagem são as situações de vida e não disciplinas.

3. A experiência é a mais rica fonte para o adulto aprender; por isto, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das experiências.

4. Adultos têm uma profunda necessidade de serem autodirigidos; por isto, o papel do professor é engajar-se no processo de mútua investigação com os alunos e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los.

5. As diferenças individuais entre pessoas cresce com a idade; por isto, a educação de adultos deve considerar as diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem.

Abraham H. Maslow enfatizou o papel da segurança no processo de crescimento. "A pessoa sadia interage, espontaneamente, com o ambiente, através de pensamentos e interesses e se expressa independentemente do nível de conhecimento que possui. Isto acontece se ela não for mutilada pelo medo e na medida em que se sente segura o suficiente para a interação." (Maslow,1972, pp. 50-51)

Carl R. Rogers, talvez o psicoterapeuta mais específico na educação de adultos, enfatiza que em geral, terapia é um processo de aprendizagem. Ele desenvolveu dezenove proposições para a teoria da personalidade e comportamento, baseado nos estudos da terapia do adulto. Com isto ele fez um paralelo entre ensino centrado no estudante e terapia centrada no cliente. Para Rogers não podemos ensinar diretamente outra pessoa; podemos, apenas, facilitar sua aprendizagem. (Rogers, 1951, p.132) Uma pessoa aprende, significativamente, somente aquelas coisas que percebe estarem ligadas com a manutenção, ou ampliação da estrutura do seu eu (Ibid., pp.388-391).

3. As premissas Andragógicas
1. Necessidade de conhecer. Aprendizes adultos sabem, mais do que ninguém, da sua necessidade de conhecimento e para eles o como colocar em prática tal conhecimento no seu di-a-dia é fator determinante para o seu comprometimento com os eventos educacionais.

2. Autoconceito de aprendiz. O adulto, além de ter consciência de sua necessidade de conhecimento, é capaz de suprir essa carência de forma independente. Ele tem capacidade plena de se autodesenvolver.

3. O papel da experiência. A experiência do aprendiz adulto tem central importância como base de aprendizagem. É a partir dela que ele se dispõe, ou se nega a participar de algum programa de desenvolvimento. O conhecimento do professor, o livro didático, os recursos audiovisuais, etc., são fontes que, por si mesmas, não garantem influenciar o indivíduo adulto para a aprendizagem. Essas fontes, portanto, devem ser vistas como referenciais opcionais colocados à disposição para livre escolha do aprendiz.

4. Prontidão para aprender. O adulto está pronto para aprender o que decide aprender. Sua seleção de aprendizagem é natural e realista. Em contrapartida, ele se nega a aprender o que outros lhe impõe como sua necessidade de aprendizagem.

5. Orientação para aprendizagem. A aprendizagem para a pessoa adulta é algo que tem significado para o seu di-a-dia e não apenas retenção de conteúdos para futuras aplicações. Como conseqüência, o conteúdo não precisa, necessariamente, ser organizado pela lógica programática, mas sim pela bagagem de experiências acumuladas pelo aprendiz.

6. Motivação. A motivação do adulto para aprendizagem está na sua própria vontade de crescimento, o que alguns autores denominam de "motivação interna" e não em estímulos externos vindo de outras pessoas, como notas de professores, avaliação escolar, promoção hierárquica, opiniões de "superiores", pressão de comandos, etc.

4. Princípios Andragógicos


Elaboramos quatorze princípios, em apologia aos 14 pontos de Deming, para expressar a essência da Andragogia, ao mesmo tempo em que fornecemos um referencial objetivo para o relacionamento de cunho educacional na organização.

Princípio 1

O adulto é dotado de consciência crítica e consciência ingênua. Sua postura pró-ativa ou reativa tem direta relação com seu tipo de consciência predominante.

Princípio 2

Compartilhar experiências é fundamental para o adulto, tanto para reforçar suas crenças, como para influenciar as atitudes dos outros;

Princípio 3

A relação educacional de adulto é baseada na interação entre facilitador e aprendiz, onde ambos aprendem entre si, num clima de liberdade e pró-ação.

Princípio 4

A negociação com o adulto sobre seu interesse em participar de uma atividade de aprendizagem é chave para sua motivação;

Princípio 5

O centro das atividades educacionais de adulto é na aprendizagem e jamais no ensino;

Princípio 6

O adulto é o agente de sua aprendizagem e por isso é ele quem deve decidir sobre o que aprender;

Princípio 7

Aprender significa adquirir: Conhecimento - Habilidade - Atitude (CHA); O processo de aprendizagem implica na aquisição incondicional e total desses três elementos.

Princípio 8

O processo de aprendizagem do adulto se desenvolve na seguinte ordem: Sensibilização (motivação) - Pesquisa (estudo) - Discussão (esclarecimento) - Experimentação (prática) - Conclusão (convergência) - Compartilhamento (sedimentação);

Princípio 9

A experiência é o melhor elemento motivador do adulto. Portanto, o ambiente de aprendizagem com pessoas adultas é permeado de liberdade e incentivo para cada indivíduo falar de sua história, idéias, opinião, compreensão e conclusões;

Princípio 10

O diálogo é a essência do relacionamento educacional entre adultos, por isso a comunicação só se efetiva através dele;

Princípio 11

A praxis educacional do adulto é baseada na reflexão e ação, conseqüentemente os assuntos devem ser discutidos e vivenciados, para que não se caia no erro de se tornar verbalistas - que sabem refletir mas não são capazes de colocar em prática; ou ativistas - que se apressam a executar, sem antes refletir nos prós e contras.;

Princípio 12

Quem tem capacidade de ensinar o adulto é apenas Deus que conhece o íntimo da pessoa e suas reais necessidades. Portanto se você não é Deus, não se atreva a desempenhar esse papel!

Princípio 13

O professor tradicional prejudica o desenvolvimento do adulto, pois coloca-o num plano inferior de dependência, reforçando, com isso, seu indesejável comportamento reativo próprio da fase infantil;

Princípio 14

O professor que exerce a "Educação Bancária" - depositador de conhecimentos - cria a perniciosa relação de "Opressor & Oprimido", que pode influenciar, negativamente, o modelo cognitivo do indivíduo pela vida inteira.

(Educação a distância - o tutor)

Ao tratar da formação de adultos Lindeman in PINTO (2008), considera que há cinco fatores básicos para uma educação significativa que são: motivação do adulto, orientação da aprendizagem centrada na vida, a experiência como fonte de aprendizado, adultos necessitam se autodirigir, a educação de adultos deve considerar as diferenças entre pessoas que ao nosso ver se aplica a modalidade EAD.
A motivação do tutor mesmo quando ausente fisicamente deve estar presente por meios de recursos tecnológicos, através de e-mails telefones, pois o cursista é um cursista solitário.

Considerações Finais
Refletir sobre o papel do tutor e a sua função de motivador remete a compreender com maior propriedade que não basta ser qualificado para exercer uma tutoria, pois que, envolve dispender mais tempo para realizar as diferentes atividades. É mais que assumir o trabalho de mediação, envolve maior responsabilidade e compromisso com a formação das pessoas.
É necessário também estar disponível e estar atualizado no aspecto dos conteúdos curriculares em particular conhecer os princípios das diferentes modalidades de ensino em especial, a EAD para que se possa desenvolver um trabalho mais elaborado.
A motivação é inerente a cada ser humano, e que quando estimulado, ele pode ativar esta motivação, e neste contexto se destaca a função do tutor.
O tutor tem papel importantíssimo no processo de aprendizagem, na crescente ampliação de cursos na modalidade EAD, diante dos recursos tecnológicos disponíveis.
Embora não tenha abordado o ensino a partir da Educação a Distância Paulo Freire (2006) pressupõe que é necessário estimular a curiosidade epistemológica do educando sem deixar de reconhecer o valor das emoções, da sensibilidade, da afetividade.
Assim, a figura do tutor, vem restabelecer emoções, sentimentos, compreensão, respeito, em cada carteira escolar há um ser humano que espera ser ouvido e atendido no momento de dúvida e desmotivação.
Acreditamos que ao aplicarmos os princípios da motivação em muito estaremos contribuindo para com a aprendizagem do cursista.

Patrícia Maria Flores Ferman
 




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